Capa da Revista Galo Nº 2 de 2020
Tema livre Ano 1, nº 2 jul./dez. de 2020
Como citar?
 

Ativismo, resistência e mudança social na prática e nas expressões do grafite

Resumo: O grafite, por diversas vezes, é evocado nos debates,dentro e fora da academia,como uma expressão de resistência. Esse trabalho teórico objetiva, portanto, compreender melhor as discussões de tal aspecto do grafite, tanto enquanto prática sociocultural, como também enquanto expressão e produto artístico. Objetiva-se, assim, compreender a produção dentro da lógica de produção, difusão e reforço dos ideários utilizados no processo de mobilização política, fruto de questões relativas à denúncia e crítica frente ao poder, à dominação e ao silenciamento. O grafite, nesse contexto, possui agência dupla, capaz de agir como invocação para a mobilização política e como ativismo em si (artvism), através da ação criativa, criando e mobilizando signos coletivos como possibilidade de imaginar e reimaginar o mundo.

Palavras-chave: Arte de rua. Mobilização política. Imaginação. Internet.

Referências

AWAD, S. H.; WAGONER, B. Street Art of Resistance. Cham: Palgrave Macmillan, 2017.

CAMPOS, R. A pixelização dos muros: graffiti urbano, tecnologias digitais e cultura visual contemporânea. Revista FAMECOS: Mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, v. 19, n. 2, 2012, p. 543–566.

CAMPOS, R. Identidade, imagem e representação na metrópole. In: CAMPOS, R.; BRIGHENTI, A. M.; SPINELLI, L. (org.). Uma Cidade de Imagens: Produções e Consumos Visuais em Meio Urbano. Lisboa: Mundos Sociais, 2011, p. 15–30.

CAMPOS, R. Por que pintamos a cidade? Uma abordagem etnográfica do Graffiti Urbano. São Paulo: Fim de século, 2010.

CAMPOS, R. Visibilidades e invisibilidades urbanas. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 47, n. 1, 2016, p. 49–76.

DIÓGENES, G. A pichação e os signos urbanos juvenis: “metendo nomes” no ciberespaço, 2012. In: SILVEIRA, S. A.; BRAGA, S.; PENTEADO, C.; (Org.). Cultura, Política e Ativismo Nas Redes Digitais. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2014.

GANDOLFO, L. K. Representations of Conflict: Images of War, Resistance, and Identity in Palestinian Art. Radical History Review, v. 106, 2010, p. 47–69.

GITAHY, C. O que é graffiti? São Paulo: Brasiliense, 2012.

GLĂVEANU, V. P. Art and Social Change: The Role of Creativity and Wonder. In: AWAD, S. H.; WAGONER, B. (Org.). Street Art of Resistance. Cham: Palgrave Macmillan, 2017. p. 19–38.

INNIS, R. E. Resisting Forms: Prolegomena to an Aesthetics of Resistance. In: AWAD, S. H.; WAGONER, B. (Org.). Street Art of Resistance. Cham: Palgrave Macmillan, 2017. p. 63–84.

JARBOU, Rana. The Resistance Passed Through Here: Arabic Graffiti of Resistance, Before and After the Arab Uprisings. In. AWAD, S. H.; WAGONER, B. (Org.). Street Art of Resistance. Cham: Palgrave Macmillan, 2017. p. 113–153.

KAROLAK, M. Social Media and Urban Social Movements: The Anatomy of Continued Protest in Authoritarian Contexts. Contemporary Arab Affairs, v. 12, n. 2, 2019, p. 25–52.

LI, E. P. H.; PRASAD, A. From Wall 1.0 to Wall 2.0: Graffiti, Social Media, and Ideological Acts of Resistance and Recognition Among Palestinian Refugees. American Behavioral Scientist, v. 62, n. 4, 2018, p. 1–18.

LOVE, N. S.; MATTERN, M. Doing Democracy: Activist Art and Cultural Politics. Albany: University of New York Press, 2013.

SALLAS, A. L. F. Sobre experiências e pesquisa com imagens no universo do Graffiti e Street Art. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 47, n. 1, 2016, p. 101–121.

SILVEIRA, S. A. Para analisar o poder tecnológico como poder político, 2011. In: SILVEIRA, S. A.; BRAGA, S.; PENTEADO, C.; (Org.). Cultura, Política e Ativismo Nas Redes Digitais. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2014.

TEO, T. Subjectivity, Aesthetics, and the Nexus of Injustice: From Traditional to Street Art. In: AWAD, S. H.; WAGONER, B. (Org.). Street Art of Resistance. Cham: Palgrave Macmillan, 2017. p. 39–62.

ZOGHBI, Pascal; KARL, Don. Arabic Graffiti. Berlin: From Here to Fame, 2011.