Capa da Revista Galo Nº 10 de 2024
Dossiê: Imagens e política no Brasil contemporâneo Ano 5, nº 10 jul./dez. de 2024
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Ações de liberdade em Guarapiranga: a resistência e a agência negra na busca por liberdades

Resumo: Este estudo, tomando como base as formas multifacetadas “dos abolicionismos brasileiro”, tem como proposta investigar e analisar as ações de liberdade, na realidade específica de Guarapiranga. A fim de desenvolvermos nossa pesquisa, focaremos no recorte temporal da segunda metade do século XIX, de 1850 a 1888. Para a delimitação deste recorte temporal, nos baseamos em dois pressupostos. Primeiramente, tivemos como fundamento a tese de Keila Grinberg e Sue Peabody (2014). Segundo as autoras, a partir da década de 1860, as ações de liberdade tornaram-se substancialmente frequentes, quando a revolta de escravizados se uniu a atuação de advogados abolicionistas. Em segundo lugar, a delimitação temporal foi influenciada pela data da lei nº 581, de 4 de setembro de 1850, conhecida como lei Eusébio de Queirós, que estabeleceu medidas para a repressão do tráfico internacional de escravizados africanos no Império. Sobre tal legislação, entende-se que seu processo afetou o sistema escravista, e, de alguma forma, as buscas por liberdades. Escolhemos o ano de 1888, como o marco final da análise, devido a promulgação da Lei Áurea, que declarou extinta a escravidão no Brasil. Tendo conhecimento que na região de Guarapiranga, no período de 1831 a 1872, os livres e libertos tiveram um aumento substancial, questionamos em nossa pesquisa, de que maneira as ações de liberdades foram importantes para o crescimento da população liberta em Guarapiranga.