Revista Galo
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Chamada para envio de artigos para a 5ª ed.

Data limite para submissões: 25 de setembro de 2021
Atualizações

19 jan. 2022
Esta chamada anteriormente se referia a Galo nº 4, remanejamos este dossiê para o primeiro semestre de 2022, sob o número 5.

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Dossiê: História dos Sertões: espaços, sentidos e saberes

Os sertões permeiam o pensamento social e o imaginário da população brasileira desde o processo de colonização até os nossos dias. O sertão permanece vivo e pulsante na vida e na memória das pessoas do norte ao sul do Brasil. O que seria dos nordestinos sem a sua identidade sertaneja? E seu entendimento sobre os sertões? Outras regiões do país também têm seus próprios sertões, como Santa Catarina, que usa o termo “sertão” para se referir ao extremo oeste do estado, no Amazonas, “sertão de dentro” se refere às fronteiras amazônicas com a Venezuela. Percebemos que o sertão está por toda parte. Dessa maneira, o termo sertão extrapola as fronteiras nordestinas, e é percebido como construção espacial, cultural e representação histórica em outras localidades.

Quando nos debruçarmos numa historiografia mais tradicional, caímos na falsa perspectiva de colocar a escrita da História como uma dicotomia entre espaço civilizado e espaço inculto; onde a cidade é dinâmica e pertencente ao mundo civilizado, já o interior e o sertão são ligados à ideia de inculto, espaço distante e atrasado. Essa é uma visão clássica que fazemos sobre o campo, ou melhor dizendo, sobre o sertão.

Percebe-se desta forma, que estas são construções arraigadas, mas, que não correspondem à total realidade. As relações sociais, espaciais e culturais desenvolvidas nos sertões são mais fluidas e complexas. Cidade/litoral e Campo/sertão são espaços que dialogam, são representativos e possuem um elo latente na formação social de seus agentes. Assim, compreendemos que o conceito de sertão não é fixo, determinado ou engessado. Pelo contrário! Entendemos o sertão como espaço plástico, moldado pelas (inter)ações cultuais nas quais as pessoas reconhecem seus costumes, suas paisagens, seu cotidiano e criam arte. Dessa maneira, cada ator social vê e entende o sertão a partir de suas referências, objetividade e subjetividades. Vamos adotar o conceito de sertões, no plural, por considerarmos que esse espaço não cabe numa categoria única, mas é múltiplo e diverso.

Dessa forma, o “Dossiê História dos Sertões: espaços, sentidos e saberes”, propõe receber para análise, artigos que discutam a desconstrução e problematização dos conceitos de sertão, que tenham a proposta de ir além do lugar comum, ou seja, o pensamento de atraso, isolamento, doente, infértil, insalubre, inculto e espaço físico atrelado às secas. Os trabalhos devem dialogar com os sertões vividos e percebidos pelos diversos agentes sociais, situados por todos os lugares, sejam imaginários ou reais. Nesse sentido, o sertão é rico e múltiplo em paisagens naturais e culturais; é um cenário de ações culturais, sociais, políticas e econômicas.

O prazo de envio é 25 de setembro de 2021 e a previsão de publicação é junho de 2022. A organização deste dossiê é das Prof.ª Ma. Ariane de Medeiros Pereira (UFRN) e Prof.ª Ma. Avohanne Isabelle C. de Araújo (FIOCRUZ).


Para submeter sua proposta, mande um e-mail para revistagalo@yahoo.com ou para contato@revistagalo.com.br com o título (assunto) “Proposta de artigo para 5ª ed.”. Para mais informações, leia nossas regras de submissão.

© 2025 Revista Galo
  • ISSN (eletrônico) 2675‑7400
  • ISSN (impresso) 2966‑1080
  • doi: https://doi.org/10.53919/g
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